23/05/2010

Esportes/ comercial: Comercial de cerveja para a Copa do Mundo mostra 'Deus' como argentino

Propaganda da Quilmes relaciona lances históricos à mão divina.
'Queremos dar uma mensagem de confiança', diz diretor da empresa.

 

 Um comercial da cerveja Quilmes, patrocinadora oficial da seleção de futebol da Argentina, provoca polêmica ao mostrar “Deus” como sendo argentino. A propaganda, entitulada "Diós", passou a ser veiculada neste fim de semana na Argentina relaciona Deus a momentos marcantes da seleção na história das Copas.

“Para a Quilmes, assim como para todos os argentinos, a Copa do Mundo é uma ocasião muito especial”, diz Diego Belbussi, diretor de marketing da empresa. “Estamos seguros que esta propaganda deixará uma mensagem de confiança sobre a história, o presente e o futuro da seleção.”
Assista ao comercial
No comercial, uma voz vinda dos céus fala à população que foi sim responsável por lances históricos nas Copas do Mundo, como a bola na trave que evitou a derrota da Argentina para a Holanda no último minuto da final da Copa de 1978, ou a série de bolas que chutadas na trave pelos jogadores do Brasil durante a partida contra os argentinos no Mundial de 1990. “Sim, fui eu”, diz a “voz” no comercial.
Propaganda clama argentinos a torcerem pela seleção nacionalPropaganda clama argentinos a torcerem pela
seleção nacional (Foto: AFP)
“Deus” também admite ter colaborado no famoso gol feito com a mão por Maradona contra a Inglaterra na Copa de 1986. “Esta pode ter sido sim a minha mão”, diz.

A propaganda segue mostrando lances decisivos protagonizados pelos argentinos, como os pênaltis defendidos pelo goleiro Goycoechea, também em 1990, o golaço de Maradona driblando vários ingleses, em 1986, o gol do título da final daquela Copa, marcado por Burruchaga contra a Alemanha, e o gol de Palermo em pleno temporal no final da partida contra o Peru, nas Eliminatórias para a Copa de 2010, que salvou a Argentina na ficar de fora da Copa. E “Deus” diz: “Não, isso não fui eu!”. O comercial termina pedindo ao povo argentino para torcer e amar as cores da seleção acima de tudo.
No Brasil, outra marca de cerveja, a Skol, veicula propagandas nas quais torcedores argentinos se tornam fãs da seleção brasileira após beber o produto.

FONTE: http://g1.globo.com/especiais/africa-do-sul-2010/noticia/2010/05/comercial-de-cerveja-para-copa-do-mundo-mostra-deus-como-argentino.html

18/05/2010

Como é feito o lápis?


A fabricação do lápis é simples: consiste em colocar a grafite dentro de tábuas de madeira. Mas nem sempre foi assim. Apesar de a humanidade usar ferramentas de escrita desde os primórdios, a grafite só foi descoberta no século 16, na Inglaterra - os ingleses confundiram o material com chumbo, engano desfeito no fim do século 18. Nos primeiros lápis, pedaços de grafite eram enrolados em cordas ou pele de animais para facilitar o manuseio. Mais tarde, alemães começaram a usar pedaços de madeira para cobrir a grafite. O apetrecho foi evoluindo até ganhar uma borracha na ponta em 1858, invenção do americano Hyman Lipman. A idéia, bastante simples, acontece na última etapa da produção: uma das extremidades é afinada, recebe uma cinta de metal para segurar a borracha , que é então colada e prensada. Depois, é só escrever: um só lápis é capaz de anotar 45 mil palavras ou riscar uma linha de 56 quilômetros de comprimento!

É pau, é pedra...

..No fim do caminho, as tábuas de madeira com grafite ganham camadas de verniz e pintura
1. Ao chegar aos 18 anos, o pinheiro (Pinus caribea) está pronto para virar lápis. Muita gente pensa que o objeto é feito com um pedaço inteiriço de madeira com um furo no meio. Na verdade, a madeira é cortada em tábuas finas, de 18 x 7,5 centímetros de tamanho. Essa madeira é seca, tingida com corantes para ficar rosada e ganha camadas de gordura para ficar mais macia
2. Durante os processos de secagem e tintura, a madeira reage e pode "empenar" caso seja utilizada imediatamente. Para evitar esse problema,  a madeira fica descansando por 60 dias. Depois desse período, começa a linha de produção: uma máquina abre oito pequenas canaletas em forma de semicírculo, com metade do diâmetro da grafite, nas tábuas
3. As minas de grafite ou de lápis colorido são coladas em uma dessas canaletas. A grafite que se usa hoje não é pura - uma mistura de barro seco e água é acrescentada à grafite para amaciar o material, que é então comprimido sob altas temperaturas até virar um cilindro. Já a mina do lápis de cor não tem grafite - no lugar, entram barro, goma, cera e pigmentos coloridos
4. Uma segunda tábua com canaletas é colada sobre a tábua que contém a mina, formando um "sanduíche", que é prensado até que as minas e a madeira tornem-se uma peça única. A madeira, além de proteger a mão da sujeira do grafite, evita que a mina se quebre ao cair no chão. Depois, uma máquina retira o excesso de cola e as tábuas passam algumas horas secando
5. O sanduíche pronto segue para uma máquina com lâminas de aço. De um lado, a máquina corta a face superior e, de outro, o lado inferior da tábua, até os lápis serem separados individualmente. O corte pode ser circular ou hexagonal - os lápis hexagonais têm a vantagem de não saírem rolando sobre superfíceis lisas. Um só sanduíche pode produzir de seis a nove lápis
6. Os lápis são lixados, mergulhados em verniz e secos. A pintura pode ser por imersão ou com jatos de spray - são até cinco camadas de tinta. Já secos e com os excessos removidos, os lápis recebem o nome do fabricante com uma prensa de metal quente. Para acabar, eles são apontados em um dos lados e estão prontos para escrever. No fim da história, cada pinheiro rende até 9 mil lápis.

por Marina Motomura
FONTE: http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287854.shtml

16/05/2010

Site mostra como você será em 20 anos

 Basta fazer o uploud de uma foto que o site a transforma, mostrando como seria seu rosto em 20 anos.
Veja --> http://in20years.com/


13/05/2010

Brasil pode estar construindo bomba atômica, conjectura pesquisador alemão


Às vésperas da visita do presidente Lula ao Irã, pesquisador alemão Hans Rühle divulga suspeita de que o Brasil teria programa nuclear "paralelo".


Entre brasileiros comuns, que andam pelas ruas e assistem à televisão, a ideia de construção de uma bomba atômica soa improvável. Mas não para um pesquisador que acompanha o desenrolar político brasileiro de fora do país.
No início do mês, um artigo do alemão Hans Rühle aguçou o debate sobre a proliferação de armas atômicas. Num longo texto em que revisita episódios da história da ditadura militar e reproduz depoimentos de autoridades brasileiras importantes – como o presidente Lula –, Rühle diz que o Brasil pode estar, sim, desenvolvendo uma bomba atômica às escondidas.
A opinião publicada na revista alemã Internationale Politik, do Conselho Alemão de Relações Internacionais, repercutiu na Europa.
A Deutsche Welle conversou com o pesquisador, ex-diretor do departamento de planejamento do Ministério alemão da Defesa e especialista em questões de armamento.
Hans
 Rühle, 
especialista em segurançaBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Hans Rühle, especialista em segurançaDeutsche Welle: Em quais fatos o senhor se baseou para escrever o artigo?
Hans Rühle: Primeiro, é preciso lembrar que o Brasil teve três diferentes programas nucleares entre 1975 e 1990. Eles acabaram, mas não está claro o que aconteceu com eles.  E constato que, desde 2003, há desenvolvimentos difíceis de interpretar.
Por um lado, o Brasil é membro do Tratado de Não-Proliferação. Por outro, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica se deparam com grandes obstáculos quando querem inspecionar o território. O país também se recusa a permitir controles de centrais nucleares não declaradas oficialmente.
E também é preciso dizer que o Brasil tem um programa de submarino nuclear que também está vedado aos inspetores. Sabemos que o grau de enriquecimento de urânio desse tipo de programa permite a construção de armas atômicas.
Mas o Brasil é um signatário do Tratado de Não-Proliferação...
Este é o problema: o Brasil não assinou o protocolo adicional do acordo, que amplia os poderes de controle da agência.  Acho que só 4 ou 5 países não assinaram o acordo, entre os quais o Brasil. (nota do editor: o acerto adicional foi assinado por 98 países).
Esse protocolo autoriza o livre acesso a todos os locais de atividade nuclear, a qualquer hora, sempre que houver uma suspeita, de modo que os inspetores possam investigar todas as instalações. Os brasileiros não assinaram esse protocolo, o que significa que as autoridades de Viena só podem visitar as instalações declaradas.
Mas o presidente Lula já disse várias vezes que o Brasil não assinará essa parte do tratado.
Estamos falando de um país democrático, com uma Constituição que proíbe o uso de armas nucleares.
Essa proibição está numa Constituição de 1988, formulada por um governo anterior à presidência de Lula. E ele já deixou claro que não concorda com as decisões então tomadas, nem com a assinatura do Tratado de Não-Proliferação, nem com a proibição constitucional de armas atômicas.
Além disso, a Constituição não permite a construção de armas atômicas, mas autoriza as chamadas "explosões nucleares pacíficas", que, no fundo, não são muito diferentes de explosivos nucleares. São diferentes só no nome.
O melhor exemplo disso é a Índia, que nesse caso serve de modelo para o caso brasileiro. Em 1974, a Índia realizou uma dessas explosões e a declarou como pacífica. Hoje sabemos dos próprios indianos do que se tratava de fato. O responsável pela operação afirmou, 23 anos depois: "Claro que foi uma bomba, e de forma alguma pacífica".
Além do mais, a Constituição brasileira permite ser contornada.
Mas você disse em seu artigo que não há provas concretas de que o Brasil esteja construindo uma bomba. Quão grande é o risco de que isso seja verdade?
Essa questão de evidências sempre é difícil. Podemos fazer uma comparação entre Brasil e o Irã. Sabemos mais sobre o Brasil do que sobre o Irã. Citei o vice-presidente argentino, que há um ano disse que o país precisa de armas nucleares. No Irã, isso jamais foi dito por líder algum. Ou seja, no caso brasileiro, estamos significativamente à frente.
Temos um conhecimento relativamente reduzido sobre as instalações brasileiras. Mas sabemos que o Brasil tem possibilidades infinitamente maiores no que diz respeito ao processo nuclear. O país já faz isso há 30 anos e domina todas as etapas do processo.
Não foi à toa que citei os institutos americanos de Los Alamos e Livemore, segundo os quais o Brasil, se quiser, pode construir armas nucleares em três anos.
Não posso dizer, no caso brasileiro, quando isso vai acontecer, pois não sei quando o programa começou. Aliás, provavelmente ninguém sabe, a não ser os brasileiros. 

Entrevista: Christina Krippahl (np)
Revisão: Simone Lopes
 FONTE: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5564374,00.html

11/05/2010

Experimento faz imagem produzir som no cérebro


 Por que ouvimos melhor a voz de alguém ao olharmos para seu rosto, mesmo sem sabermos ler lábios? E por que uma canção que parece vívida num videoclipe soa chata quando apreciada apenas pelo rádio? Um estudo acaba de mostrar que informações visuais invadem áreas auditivas do cérebro, sugerindo respostas para tal.
O artigo, publicado pela revista "Nature Neuroscience", se baseou em um experimento liderado pelo neurocientista português António Damásio, da USC (Universidade do Sul da Califórnia). Mapeando o cérebro de algumas pessoas com ressonância magnética, o grupo descobriu que neurônios usados pelo cérebro exclusivamente para processar sons também reagem a imagens.
O experimento consistia basicamente em submeter voluntários à apresentação de vídeos curtos, enquanto uma máquina registrava quais partes do cérebro exibiam maior atividade.
Todos os vídeos mostravam cenas que remetiam à emissão de sons --um vaso quebrando, um cachorro latindo etc.--, mas eram exibidos sem áudio.
Ao verificar quais partes do cérebro tinham se ativado, o grupo viu que não só áreas ligadas à visão apareciam nos mapas, como também o chamado córtex auditivo de associação, que lê relações entre sons.
Essa região da superfície do cérebro faz parte de um circuito conectado diretamente ao ouvido, e até agora era tida como exclusiva do sentido da audição. Mas como alguém poderia processar sons se os vídeos do experimento eram mudos?
Segundo o estudo da USC, essa estrutura cerebral tida como responsável apenas pela sensação da audição na verdade já inicia uma interpretação inconsciente do som ouvido.
"A informação visual pode nos fazer perceber um mesmo som de modos diferentes", disse à Folha Kaspar Meyer, coautor de Damásio no trabalho. Cada som que escutamos e aceitamos como sendo uma informação pura na verdade está contaminado com memórias de sons passados, explica.
Pesquisadores já sabiam que esse fenômeno ocorre com outros sentidos também, como a visão. Mas Damásio e Meyer mostraram que esse fenômeno pode "vazar" de um circuito cerebral para outro, fazendo do processamento de percepções uma rede altamente complexa.
No experimento conduzido na USC, a memória auditiva de cada evento mostrado nos vídeos induzia a ativação de um padrão de neurônios incrivelmente nítido. Isso é possível porque o córtex auditivo decompõe os sons em frequências, dividindo-os como notas em um partitura musical.
De fato, quando o vídeo mostrava um músico, o mapa do córtex auditivo dos voluntários permitia saber se este tocava violino, contrabaixo ou piano. Dentro de alguns anos, diz Meyer, não é impossível que algum cientista consiga plugar o cérebro de uma pessoa em um amplificador para dar vida a sons criados por imagens.
E com uma imagem sendo capaz de "ressoar" no cérebro, não é de estranhar que música acompanhada de filmagens soe diferente. Se muitos videoclipes hoje não passam de embalagem de luxo para canções pobres, talvez os cineastas fiquem felizes em saber que podem estar ajudando a melhorar o som. 

POR RAFAEL GARCIA
da
Reportagem Local


FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u732134.shtml

03/05/2010

Vídeo mostra chimpanzés reagindo como humanos à morte

 

Um vídeo feito a pedido de cientistas britânicos mostra que um grupo de chimpanzés teve reações semelhantes às que seriam esperadas de pessoas quando um membro do grupo de primatas morreu.
As imagens foram gravadas por funcionários de um parque de safáris na Escócia a pedido de cientistas da Universidade de Stirling.
Os funcionários do parque usaram câmeras para documentar a morte da fêmea Pansy, que teria mais de 50 anos de idade e estava em estado terminal.
Os chimpanzés acariciaram e arrumaram Pansy e ficaram tristes por vários dias depois da morte, evitando o local onde ela morreu e passando mais tempo se tocando.
Quando Pansy ficou letárgica nos dias que antecederam sua morte, outros membros do grupo ficaram mais quietos do que normalmente e se mantiveram ao lado da fêmea doente durante as noites, a acariciando mais do que costumavam fazer antes.
Após a morte, a filha de Pansy ficou perto do corpo por uma noite inteira, apesar de nunca ter dormido naquele local antes.

Corpos de filhotes
Outro vídeo mostra um chimpanzé jovem brincando com o corpo mumificado de um filhote, antes de a mãe do animal morto puxar o cadáver para si.
O estudo, coordenado por cientistas da Universidade de Oxford, mostrou que duas mães vivendo em seu habitat natural na Guiné carregaram os corpos de seus filhotes, uma delas por quase dez semanas.
Segundo os cientistas que realizaram ambos os estudos, os resultados mostram que outras espécies, principalmente os macacos, são mais parecidos com os humanos do que se pensava.
Chimpanzés e seres humanos dividem 99% de DNA e são tão similares que alguns acadêmicos já sugeriram que os animais deveriam receber direitos semelhantes aos direitos humanos.

FONTE: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/04/100427_chimpanzes_morte_ir.shtml