24/11/2009

Com Obama na Presidência, EUA se tornam mais tolerantes com maconha

Portland inaugurou bar em que consumo de maconha medicinal é liberado.
Ao G1, diretor responsável diz que presidente favorece descriminalização.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo
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  Foto: AP

Quadro no interior do bar em que o consumo de maconha é liberado nos EUA (Foto: AP)

O café inaugurado na última semana na cidade de Portland, nos Estados Unidos, comporta entre 30 e 40 pessoas ao mesmo tempo. Lá dentro, funciona uma espécie de “mercado de pulgas”, em que as pessoas podem vender, trocar e consumir livre e legalmente o produto que as reúne ali: maconha.

A exemplo do que acontece nos tradicionais coffee shops da Holanda, o Cannabis Café é o primeiro lugar em que os usuários da droga podem se reunir e consumi-la sem risco de ter problemas com a polícia, contanto que haja um registro da necessidade uso por motivos medicinais. Seu surgimento está sendo considerado pelas organizações que lutam pela descriminalização da maconha como um dos principais avanços recentes no país, um reflexo de maior tolerância por parte do governo do presidente Barack Obama.

“Sem dúvida o governo Obama tem ajudado nosso trabalho. Houve uma mudança clara e absoluta de política e interpretação da lei”, disse Allen St. Pierre, diretor da Organização Nacional pela Reforma das Leis de Maconha (Norml, da sigla em inglês), um dos principais grupos defensores da legalização da droga nos Estados Unidos e responsáveis pelo recém-inaugurado café, em entrevista ao G1.

“Apesar de Obama dizer ser contra a legalização total da droga, ele pode ser creditado pelas mudanças que relaxam a repressão à maconha medicinal”, disse. O governo dos EUA anunciou em outubro que não vai mais reprimir o consumo de maconha para uso médico nos Estados do país nos quais ele é permitido. Um documento pede aos procuradores para que não usem recursos federais contra "indivíduos cujas ações estão em cumprimento claro e inequívoco das leis estaduais existentes relacionadas ao uso médico da maconha".

Foto: AP

Diretora regional do grupo responsável pelo Cannabis Café cheira peça de maconha (Foto: AP)


Legalização
Para o diretor do grupo, a inauguração do café é um passo adiante no sentido da legalização da maconha. “Cinco anos atrás isso seria muito improvável; há dez anos era impossível e nem se podia pensar nisso há vinte anos. A cada ano há uma aceitação maior de reformas, e este é mais um exemplo”, disse.

Ele admitiu, entretanto, que é difícil imaginar que todo o país vai permitir o uso da droga em pouco tempo, até por questões constitucionais e culturais. Nos Estados Unidos, os Estados podem decidir de forma independente em relação ao uso medicinal de maconha e os governos de Alasca, Califórnia, Colorado, Havaí, Maine, Maryland, Michigan, Montana, Nevada, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont e Washington autorizam seu consumo nestes casos.

“As coisas estão se desenvolvendo em bases locais, onde há uma aceitação cultural maior”, explicou. Segundo ele, o Norml não vai tentar abrir nenhum café de maconha em locais mais conservadores, como Kansas, Oklahoma ou Geórgia. “A a cultura é mais aberta em locais como Seattle, Portland, Berkeley, Oakland, Sao Francisco, Denver. São partes do país em que os cidadãos aceitam algumas formas de distribuição legal de maconha, ou formação de comunidades em que o consumo é permitido.”

Diretora regional do grupo responsável pelo Cannabis Cafe, em Portland, conversa no balcão do local em que se pode consumir maconha livremente (Foto: AP)

Segundo ele, estes locais são os “laboratórios da democracia”, e a Califórnia, uma das maiores populações e economias do país, pode se tornar um exemplo a ser seguido por outros estados e até pelo governo federal. “A Califórnia está seguindo um caminho reformador no sentido da descriminalização da maconha. Não parece impossível e distante pensar sobre um esquema de controle e taxação até mesmo para o consumo não medicinal da maconha no estado.”

Uso médico e recreativo
Todo o avanço na legislação relacionada ao uso de maconha vem acontecendo com base na lei de cannabis para uso medicinal, pois apenas as pessoas com indicação podem usar a maconha e participar de comunidades em que há o consumo de maconha. Os parâmetros para o uso de maconha medicinal são muito variados, e mudam de um estado para o outro, explicou St. Pierre. Em alguns lugares, há sistemas mais simples e fáceis, enquanto outros têm um controle mais sério.

“No Maine, por exemplo, as pessoas podem ter alguns gramas de maconha seca, além de poderem cultivar cinco pés dela, sendo três em estado de maturidade. Na Califórnia, as pessoas não recebem uma receita médica indicando o uso de maconha, mas apenas uma recomendação oral do médico, e esta recomendação é checada pelos centros que podem fornecer a droga legalmente, registrando o paciente e permitindo que ela tenha acesso à maconha.”

Até a inauguração do bar de Portland, o uso da droga não podia ser feito em locais públicos. O Cannabis Café, tecnicamente um clube privado, é aberto a qualquer residente do estado de Oregon que faça parte do grupo Norml e tenha uma carteira oficial do uso medicinal da maconha - 21 mil pessoas estão registradas desta forma no estado para tratar mal de Alzheimer, diabetes, esclerose múltipla e síndrome de Tourette. Os "sócios" pagam US$ 25 (cerca de R$ 44) por mês para usar o café, que tem capacidade para cem pessoas. Por este valor, eles terão direito a receber a droga gratuitamente de outros usuários. O bar também serve comida, mas nenhum tipo de bebida alcoólica.
Apesar de a discussão legal até o momento se concentrar nos lugares em que há o uso médico da droga, a Califórnia já prepara um avanço na questão, admitindo que os cidadãos votem uma medida que permitiria que as decisões passassem a ser tomadas pelos municípios. Segundo St. Pierre, a cidade californiana de Oakland, que chega a ser conhecida como Oaksterdam, em referência à capital da Holanda, já se prepara para buscar o direito de ser a primeira em que a droga paga impostos e pode ser consumida livremente por qualquer pessoa.

“Os cidadãos de lá já votaram pedindo que a maconha seja taxada e legal, mas é preciso que a lei estadual permita essa decisão. Isso está sendo discutido e vai precisar de uma mudança na lei estadual. Haverá uma consulta na eleição de 2010, para que os cidadãos digam se permitem que municípios possam legalizar o uso de maconha, se quiserem. ‘Oaksterdam’ já está se organizando para isso, mas é o único lugar que esta se estruturando para autorizar o uso recreativo.”

Exemplo holandês
O grupo Norml constantemente usa o exemplo da Holanda como comparação para argumentar a favor da legalização da maconha nos Estados Unidos. A legislação do país europeu permite que alguns lugares credenciados vendam a droga livremente. “Trata-se de um país ocidental com valores parecidos com os norte-americanos que aprendeu há muito tempo que a única relação real entre maconha e drogas pesadas, como heroína, cocaína, é o canal de distribuição. Quando se separam os canais de distribuição, a probabilidade de um consumidor de maconha passar para drogas mais perigosas é reduzido”, argumentou St. Pierre.

Na medida em que relaxou o controle ao uso medicinal da maconha, o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, deixou claro que a polícia e os procuradores continuarão trabalhando para punir os que usarem das leis destes estados para usar drogas ilegais ou traficar drogas.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1389371-5602,00-COM+OBAMA+NA+PRESIDENCIA+EUA+SE+TORNAM+MAIS+TOLERANTES+COM+MACONHA.html

23/11/2009

Um Verso Pelo Tédio De Domingo



 Diga um verso!
Que verso?
Um verso que verse
sem precisar rimar

Que venha e vá
como eco incerto
verso sem tradução
Sem emoção, talvez,
Mas que verse.


Um verso pelo verso
Verso pelo avesso
Um verso eu mereço.
Me atrevo!
Aterrada em palavras
E pensamentos...


Um verso que entrelace
Os sentimentos, os medos, as loucuras
As lacunas, os vazios invisíveis
Indizíveis da alma.


Então Diga.
Diga, vá!
Diga o que quero ouvir
O que não me atrevo a dizer


Não se cale
Em meias palavras
Não se apegue em detalhes


Fale-me de seus medos
Seus sonhos, seu sono
Dos pesadelos tambem.
E, claro, dos desejos.


Faça-me um apelo
Sussurre, grite!
Balbucie em meus ouvidos
Tudo o que não pode
Não deve ser ouvido
Mas deve ser dito
Por você e mais ninguém.



A noite é calma, calada
Morna e branda
 Entediada.
Será?


AUTORIA: Estefany e Sávio

18/11/2009

Como reage o cérebro diante de uma obra de arte

Desvendando a Mente Estética
Já é possível observar diretamente como reage o cérebro diante de uma obra de arte. O prazer estético estimula áreas cerebrais que geram emoções de euforia e bem-estar.



GALERIA TRETIAKOV, MOSCOU

O VISUAL FEÉRICO de Kandinski (em Composição VII): para ele, as cores produzem efeitos psiquícos intersensoriais que vão além da vista.

O que acontece quando temos uma experiência artística e, em sentido mais geral, uma experiência estética? Nos últimos 30 anos, as neurociências levaram suas explorações até o limiar que divide as ciências da Natureza das ciências da cultura, esclarecendo a natureza biológica e psíquica da experiência estética, uma das mais controversas e fascinantes das experiências humanas. Na realidade, já nos séculos passados escritores e filósofos – de Platão a Goethe, de Kant a Winckelmann – haviam tentado penetrar a essência do senso estético, da beleza. Nenhum deles, no entanto, podia imaginar que um dia observaríamos in vivo as dinâmicas do cérebro diante de uma obra de arte. No entanto, o desenvolvimento dos novos métodos de brain imaging – que nos mostram a atividade do cérebro enquanto cumprimos uma ação, pensamos ou nos emocionamos – propicia avanços formidáveis no conhecimento da fisiologia cerebral. A ressonância magnética funcional, especialmente, nos permite estudar os padrões de ativação das diferentes áreas do cérebro, mostrando como toda estrutura cerebral é especializada em uma ou mais tarefas específi cas, como a elaboração dos estímulos sensoriais (visuais, táteis, auditivos etc.), o planejamento e a execução de processos motores ou a percepção de determinados estímulos emotivos.

Evidências experimentais recentes esclarecem que, embora no plano das experiências estéticas – que implicam sentimentos, recordações, emoções e outras coisas mais – os seres humanos mostrem um forte caráter individual (porque ligados a componentes genéticas e culturais), diante de uma obra de arte eles compartilham as mesmas percepções elementares. Nesse sentido, perceber o mesmo objeto ou experimentar as mesmas emoções provocam a ativação das mesmas áreas cerebrais em todos os seres humanos. Essa disposição comum é fundamento da capacidade de comunicar até aquelas impressões e emoções profundas que não sabemos expressar com palavras.A pintura, a escultura, a poesia e a música permitem ao homem expressar em obras de elevadíssimo nível estético conceitos sutis, paixões, prazeres, tormentos e os mais íntimos movimentos da alma humana.  (FONTE: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/desvendando_a_mente_estetica.html)



11/11/2009




Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein

04/11/2009

O que mais importa?



"MAS O QUE MAIS IMPORTA,
É QUE CADA DIA É UM DIA
E QUE OS DIAS PASSAM"




(Cláudia Liz, via Blog do Óbvio:
http://blogdoobvio.blogspot.com/2009/11/
tem-dia-que-so-serve-para-gente.html)

03/11/2009

O que nos faz humanos? Uma resposta em dez argumentos





Na natureza e no universo, são inúmeros os mistérios que intrigam o homem - e, entre eles, a própria especificidade da espécie humana em relação aos outros seres e elementos naturais é um dos maiores. O que é que nos torna únicos e especiais em meio a tantos fenômenos complexos e intrigantes como plantas e animais? A revista LiveScience elaborou uma lista com 10 importantes características que tornam o homo sapiens um ser tão especial - um ser humano.


Vida depois dos filhos
Enquanto que, na maioria das espécies, as fêmeas se reproduzem durante toda vida até a morte, as mulheres vivem muito depois que param de gerar filhos. Alguns cientistas creditam isso à importância dos laços sociais e afetivos na educação da prole.







A longa infância
Humanos permanecem crianças e dependentes da guarda dos pais por muito mais tempo que os outros primatas. Para evolucionistas, isso poderia parecer uma desvantagem, mas a resposta pode ser o tempo que o nosso cérebro, por possuir um grande potencial de desenvolvimento, necessita para crescer - e aprender.






Enrubescer


Até onde sabemos, os humanos são os únicos a ficar vermelhos de vergonha, comportamento que Darwin já considerava "a mais peculiar e mais humana de todas as expressões". Não se sabe ainda ao certo por que enrubescemos, mas cogita-se que essa habilidade de mostrar sentimentos à revelia de nossa vontade nos ajudaria a sermos honestos e a convivermos em grupo.





 

Fogo
 
A habilidade de controlar o fogo deve ter dado aos nossos ancestrais a chance de iluminar a noite e, com ela, de mover-se na escuridão e ainda de afugentar predadores noturnos. Além disso, o calor das chamas - que ajuda a aguentar baixas temperaturas - nos permite cozinhar, ou seja, preparar alimentos que, aquecidos, são de mais fácil digestão.


 

A vestimenta

Humanos podem ser chamados de "macacos nus", mas a grande maioria de nós, atualmente, usa roupas e outros utensílios - um fato absolutamente único no reino animal.






A fala
Nos humanos, a laringe (ou caixa vocálica) localiza-se mais abaixo que em outros primatas, configurando um dentre inúmeros fatos que possibilitaram o desenvolvimento da fala. Nossos ancestrais desenvolveram a laringe há aproximadamente 350 mil anos. Deles, também herdamos o osso hioide (em forma de ferradura, localizado abaixo de nossa língua e único por não ser ligado a outros ossos do corpo) que nos permite articular palavras quando falamos.





Mãos

Humanos não são os únicos animais que possuem polegares opositores (a maioria dos primatas os possuem, e, além disso, muitos macacos têm polegares opositores nos pés). Singularmente humana é, sim, a agilidade do nosso polegar para se mexer pela mão e alcançar todos os outros dedos, o que nos possibilita grande agilidade e precisão no manuseio de objetos.


Pele nua

Comparados aos nossos parentes primatas, parecemos impressionantemente nus. Mas, na verdade, quando medimos a presença de folículos capilares presentes por cm² em homens e macacos, descobre-se que a quantidade é praticamente a mesma. A diferença que é o pelo dos humanos é mais leve, fino, claro e curto.


   

A postura ereta

Entre os primatas, os humanos são os únicos a andarem predominantemente com a coluna ereta, libertando nossas mãos para outras atividades. Infelizmente, as mudanças causadas em nossa pélvis pela postura ereta - ainda combinadas com o tamanho especialmente grande do crânio dos recém-nascidos - tornam o nascimento de humanos mais perigoso que o de outros animais. Há cem anos, os partos eram uma das principais causas de morte entre as mulheres. A curva lombar nas nossas costas - que nos ajuda a andar e manter equilíbrio - também nos deixa vulneráveis para dores e lesões.

Cérebros extraordinários


Sem dúvida, a idiossincrasia que mais nos distingue do resto do reino animal é nosso cérebro. Nós não temos nem o maior cérebro (o maior deles pertence à baleia cachalote), nem temos o maior cérebro proporcionalmente ao nosso corpo (o cérebro pesa 2,5% do nosso total, enquanto que alguns pássaros têm cérebros responsáveis por até 8% do peso da massa corporal). Mas o cérebro humano, pesando aproximadamente 1,4 kg em adultos, nos dá a capacidade de raciocinar e pensar muito além dos outros animais, gerando legados como os de Mozart, Einstein e muitos outros gênios.


 FONTE: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4073941-EI238,00-O+que+nos+faz+humanos+Uma+resposta+em+dez+argumentos.html