21/09/2009

Brisal - Cortina de Vidro



     A cidade situava-se no antigo território indígena “vale da brisa”, nome que acabou por originar a atual designação do lugar: Brisal.
              Brisal, ou vale da brisa, como preferir, no princípio, era uma região extremamente pacata e quente, habitada apenas por índios e uns raros aventureiros que se decidiam por arriscar a sorte ali. Um dia, porém, tudo começou a mudar. Um daqueles pioneiros, quase ao acaso, descobriu ouro por aquelas bandas, iniciando verdadeira debanda de gente por lá. A cidade das brisas começava a sentir o cheiro forte de seu primeiro ventoral. E ele vinha com força, derrubando e queimando árvores, matando gente, tingindo rios de vermelho, loteando terras e construindo casas.
            Algum tempo depois e a cidade já se achava irreconhecível, tamanha a mudança ali falseada. Fábricas, casas, prédios, condomínios, bancos, praças, pessoas; igrejas, favelas, padarias, mercados, bancos, financeiras, empreiteiras, loteria, botecos, cinema, teatro, bares, lojas de roupas, roupas de lã, esqui, pessoas; ponto de ônibus, rodoviária, ônibus, carros, charretes, cavalos, pessoas, prefeitura, escolas, creches, farmácias e tudo mais que se possa imaginar... A cidade se agitava e se contorcia no olho do furacão.
            O antigo lugarejo pacato agora já dava seus primeiros pitacos na economia mundial. A voz rouca de seus diplomatas, gagos e fanhos, era ouvida e respeitada por todos...
            O mundo, nessa época, já não guerreava tanto. Ricocheteava, apenas, nas mãos de uma só nação. Tudo gravitava em torno dela. O mundo achava que sem sua influência o caos voltaria a reinar. Mãos verdes com caras de presidentes empunhavam o binóculo e acompanhavam com seus olhos esbugalhados, teleguiados, o tributar do planeta. O César da nova era se impunha com mãos atômicas. 
            O mundo seguia girando capenga, de bengala velha na mão, caindo de banda, tentando a custo se equilibrar no fio fino que atravessa o abismo do capital.
            Mais um dia amanhece sobre a nobre capital. Sim, Brisal agora é capital.
            Mas o que é isso? Algo acontece!  As pessoas correm em desatino, trombam, tropeçam, caem ao chão. Carros batem, dão freadas bruscas. A mulher reclama, o filho chora, a beata reza, o político se esconde, o policial atira, o bandido se arrepende... O que está acontecendo afinal? Estará instalado o caos, o juízo final? O que é? Diga logo, não faça suspense!
            – De onde veio isso?
            – Só pode ter vindo do espaço. Coisa de ET!
            – É um sonho? Eu estou sonhando mamãe?
            – Tenho que me esconder.
            – Quero ver eles me pegarem agora.
            – Meu deus, vou me atrasar para a entrevista.
            – Deve haver um buraco.
            – É, o melhor é sentar e ver o que acontece.


            Os comentários eram variados, uns se mantinham calmos, outros assustados, outros curiosos e indagadores, mas apesar de tudo o medo trazia a todos uma certeza sobre tudo: Alguma coisa havia mudado.
AUTOR: Sávio Damato

11/09/2009

Carlos Minc defende descriminalização do usuário em show da Tribo de Jah (VEJA O VÍDEO)

Carlos Minc defende descriminalização do usuário em show da Tribo de Jah (VEJA O VÍDEO)




O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fez uma defesa da descriminalização do uso da maconha durante um show de reggae da banda maranhense Tribo de Jah, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, no último final de semana. O vídeo, com pouco mais de três minutos, foi parar no YouTube.

Minc, que é fã de reggae e estava passando o feriado prolongado na região, subiu ao placo a convite da banda e fez um pronunciamento dançando e cantando ao ritmo da música para uma plateia estimada por ele em 2.000 pessoas.

Na gravação, ele começa sua fala defendendo a natureza. “Vamos defender a Amazônia. Não vamos deixar queimar a Amazônia. A gente conta com os seringueiros, com os castanheiros, com as nações indígenas e com a consciência da rapaziada”, disse. “Vamos defender o cerrado, a caatinga, a Amazônia, a mata atlântica e o reggae. O reggae é a liberdade”, afirmou o ministro.

Em seguida, Minc defende a descriminalização da maconha sem citar a palavra. “Outro recado. Ontem [sábado 5] a gente venceu, 3 a 1 na Argentina. Só que tem outro placar [em] que a gente está perdendo da Argentina. Os juízes [do país vizinho] descriminalizaram. O usuário não é criminoso. E esse jogo a gente está perdendo aqui. Nós vamos virar esse jogo, acabar com a hipocrisia”. Foi aplaudido pela plateia.

O ministro se referia à nova política sobre o consumo de maconha no país vizinho, que deixou de criminalizar o usuário da droga.

Ao G1, o ministro afirmou que ainda não havia visto as imagens, mas que várias pessoas telefonaram a ele para comentar a performance. “Imagina. Na Chapada, 2h30 da manhã com dois mil jovens, fazer um discurso careta não dá. Não sei cantar, mas sei dançar”, disse.

O ministro, porém, preferiu não comentar sua participação assistindo ao vídeo do YouTube ou repetindo seus passos.  “É irrepetível. Ficaria fora de contexto. Foi um discurso musical, tinha a música para entrar no ritmo, deixar o ritmo te tomar. Fora dali, seria uma caricatura pobre e completamente desfigurada.”

Minc afirmou ter ficado emocionado e que pensa até em repetir sua “atuação” caso surja uma oportunidade semelhante para dar seu recado ao público. “Agora, a seco eu sou um desastre ecológico”, disse.
FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1300261-5601,00-MINC+DIZ+SER+IRREPETIVEL+PERFOMANCE+EM+QUE+PEDIU+DESCRIMINALIZACAO+DA+MACON.html

04/09/2009

Tatuagens do futuro podem ser 'mutantes' e até exibir filmes, dizem cientistas

Pesquisadores de universidade nos EUA criam tela flexível com nanotubos. Protótipo também poderão servir para criação de 'papel eletrônico'.

 Hsaioh-Kang Chang (à esq.) e Fumiaki Ishikawa mostram protótipo de tela digital flexível. (Foto: Divulgação/USC Viterbi School of Engineering)
Quer fazer uma tatuagem, mas está indeciso quanto ao desenho escolhido? A evolução tecnológica pode resolver este problema em breve. Cientistas da University of South California (USC), nos EUA, criaram um método para criar discos transparentes e ultrafinos capazes de emitir luz e produzir imagens.

Trata-se de uma estrutura de plástico recheada com transistores feitos a partir de nanotubos de carbono. Ligados a OLEDs - diodos orgânicos emissores de luz -, os nanotubos são capazes de produzir imagens como em uma TV de alta definição.

Por enquanto, o protótipo construído pela escola de engenharia da USC é um disco de cerca de 13 cm de diâmetro. Os criadores afirmam que, em breve, a técnica poderá servir para diversos usos, como a criação de roupas que mudam de cor, avisos, sinalizações e até sistemas de navegação via GPS inseridos no pára-brisas de automóveis.

Outro uso importante é na fabricação dos chamados "jornais eletrônicos". São sistemas que têm a forma de folhas de papel, mas que, como uma tela de computador, podem exibir informações diferentes a cada momento. Pequenas e orgânicas, as folhas também poderiam ser inseridas na pele humana, criando tatuagens que podem ser alteradas por computador ou mesmo tattoos "dinâmicas", como filmes.

"Os nanotubos têm potencial para funcionar como telas transparentes para os eletrônicos do futuro", diz o pesquisador Hsaioh-Kang Chang, um dos responsáveis pelo projeto. 

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL934584-6174,00-TATUAGENS+DO+FUTURO+PODEM+SER+MUTANTES+E+ATE+EXIBIR+FILMES+DIZEM+CIENTISTAS.html

 Display monocromático implantado sob a pele

Display monocromático implantado sob a pele poderá mostrar, no futuro, informações médicas, o nome de quem está chamando no celular ou imagens interativas.
Um engenheiro norte-americano desenvolveu um conceito de um monitor sem fio movido a sangue que pode revolucionar a medicina e, quem sabe, as artes. Batizado de “Digital Tatoo Interface”, o dispositivo consistiria em uma fina tela composta de silício e silicone. Enrolada como um tubo, ele seria inserido no braço através de uma pequena incisão, e desenrolado em um espaço entre a camada muscular e a superfície da pele.
Em sua superfície, haveria uma microscópica matriz de esferas de tinta que podem ser manipuladas e mudar de cor com uma carga elétrica, se comportando como pixels em um monitor. Controlando um campo elétrico e quais esferas estão pretas ou transparentes, seria possível formar imagens na superfície da tela, visíveis através da pele como uma tatuagem dinâmica e interativa. O conceito é similar ao já utilizado em produtos baseados na tatuagem de papel eletrônico (e-Ink, ou e-Paper), como o leitor de e-Books Kindle, da Amazon.
A eletricidade necessária para o funcionamento do aparelho viria do próprio sangue do usuário: dois tubos, ligados a uma artéria e uma veia, circulariam sangue através de uma minúscula bomba, que converteria a glicose (açúcar) no sangue em energia elétrica. O dispositivo poderia se comunicar com outros aparelhos, de equipamentos médicos a telefones celulares, via Bluetooth. Em vez de tirar o celular do bolso para ver quem está ligando, bastaria olhar para o próprio braço.
O produto, por enquanto, ainda é apenas um conceito. Mas pelo menos parte da tecnologia necessária já é realidade: pesquisadores japoneses já desenvolveram uma minúscula bateria, do tamanho de uma moeda, capaz de produzir 0.2 miliwatts de energia elétrica a partir de substâncias encontradas no sangue do usuário.


FONTE: http://74.125.93.132/search?q=cache:8QatLuoKSysJ:www.ratecnologia.com.br/blog/%3Fcat%3D3+tatuagem+dinamica+jap%C3%A3o+tecnologia&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk

Nanorobôs: tecnologia é a esperança na cura de doenças (Veja o Vídeo)