Vi a vida passando...
Cantando sua melodia atrófica
Muda, surda, absurda!
Vida morna
Remédios já não fazem dormir
Estou preso à vida
Aos dias, às noites!
O que faz em mim
O eco das semanas passadas?
O que faço aqui?
Perco-me,
entrego-me.
Sinto...
Sinto falta do abraço amigo
Do beijo da amante
Do som que embriaga
Que faz esquecer a dor do existir.
Meus amores diáfanos
Perderam-se na neblina.
Sinto-me cheio, repleto
Do vazio que preenche todas as coisas.
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